Arritmias Cardíacas

Entenda o problema e como tratá-lo

Matheus Ferreira

4/18/20253 min read

Arritmias Cardíacas: Entenda, Previna e Trate com Eficiência
O que são as arritmias cardíacas?

As arritmias cardíacas são alterações no ritmo dos batimentos do coração, que podem ocorrer de maneira acelerada (taquicardia), lenta (bradicardia) ou irregular. Elas surgem quando há problemas na condução elétrica do coração, afetando sua capacidade de bombear sangue de maneira eficaz para o corpo. Essas alterações podem ser assintomáticas, mas em casos mais graves, podem causar tontura, desmaios, dor no peito e até parada cardíaca.

Principais tipos de arritmias cardíacas
Taquicardia supraventricular (TSV)

A TSV é uma arritmia que se origina nas câmaras superiores do coração (átrios). Ela provoca batimentos rápidos e regulares, que surgem de forma súbita e podem durar de alguns minutos a horas.

Fibrilação atrial (FA)

É uma das arritmias mais comuns, caracterizada por batimentos irregulares e rápidos nos átrios. A fibrilação atrial aumenta significativamente o risco de acidente vascular cerebral (AVC), uma vez que favorece a formação de coágulos no coração.

Flutter atrial

Semelhante à fibrilação atrial, porém com batimentos mais organizados. Também pode causar sintomas como palpitações, fraqueza e cansaço extremo.

Taquicardia ventricular

Essa arritmia tem origem nos ventrículos e pode comprometer gravemente a função cardíaca. Pode evoluir para fibrilação ventricular, uma condição potencialmente fatal, que necessita de desfibrilação imediata.

Bradicardia

A bradicardia ocorre quando o coração bate mais lentamente que o normal. Em casos graves, pode causar tonturas, confusão mental e até desmaios.

Causas das arritmias cardíacas

Diversos fatores podem desencadear arritmias, incluindo:

  • Doenças cardíacas estruturais, como insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio

  • Hipertensão arterial crônica

  • Doenças da tireoide

  • Distúrbios eletrolíticos (níveis anormais de potássio, cálcio e magnésio)

  • Estresse emocional ou físico extremo

  • Uso de substâncias como álcool, cafeína e drogas ilícitas

  • Medicamentos com efeitos colaterais cardíacos

  • Apneia do sono não tratada

Sinais e sintomas mais comuns

Embora algumas arritmias sejam silenciosas, muitas apresentam sintomas que exigem atenção médica:

  • Palpitações

  • Tontura ou vertigem

  • Fadiga intensa

  • Desmaios

  • Dor ou desconforto torácico

  • Falta de ar

  • Sensação de “coração pulando” ou batendo muito rápido ou devagar

Como é feito o diagnóstico das arritmias cardíacas

O diagnóstico deve ser feito por um cardiologista por meio de exames que avaliam a atividade elétrica do coração:

  • Eletrocardiograma (ECG): Exame rápido que registra a atividade elétrica do coração em repouso.

  • Holter 24 horas: Monitora os batimentos cardíacos ao longo de 24 horas.

  • Teste ergométrico (esteira): Avalia o coração durante o esforço físico.

  • Estudo eletrofisiológico: Exame invasivo que permite mapear o sistema elétrico do coração e identificar focos de arritmia.

Tratamentos disponíveis para arritmias cardíacas

O tratamento varia de acordo com o tipo, gravidade e causas da arritmia. Entre os principais métodos estão:

Medicamentos antiarrítmicos

Usados para controlar ou prevenir arritmias. Incluem betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio e antiarrítmicos específicos.

Cardioversão elétrica

Procedimento no qual uma descarga elétrica controlada é aplicada para restaurar o ritmo normal do coração, indicado especialmente em casos de fibrilação ou flutter atrial.

Ablação por cateter

Técnica minimamente invasiva que utiliza cateteres para destruir os focos elétricos anômalos responsáveis pela arritmia.

Marcapasso cardíaco

Aparelho implantado sob a pele para regular batimentos lentos (bradicardias).

Desfibrilador implantável (CDI)

Indicado em pacientes com risco elevado de arritmias ventriculares graves, como taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular.

Prevenção das arritmias cardíacas

Manter um estilo de vida saudável é essencial para prevenir arritmias:

  • Pratique atividade física regular

  • Tenha uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais e alimentos com baixo teor de sódio

  • Controle o estresse e a ansiedade

  • Evite o consumo excessivo de álcool e cafeína

  • Não fume

  • Monitore regularmente a pressão arterial e o colesterol

  • Faça check-ups médicos periódicos

Complicações associadas às arritmias

Arritmias não tratadas podem resultar em consequências graves, como:

  • Insuficiência cardíaca

  • AVC (acidente vascular cerebral)

  • Tromboembolismo

  • Morte súbita cardíaca

Quando procurar ajuda médica

É fundamental procurar atendimento médico ao notar sintomas persistentes ou sinais de alerta, como desmaios, dor no peito ou dificuldade para respirar. A detecção precoce é essencial para o sucesso do tratamento e prevenção de complicações.

Conclusão

As arritmias cardíacas representam um desafio crescente à saúde pública, dada sua prevalência e potencial gravidade. Com informação, prevenção e acesso ao tratamento adequado, é possível viver com qualidade mesmo diante de um diagnóstico de arritmia. Incentivamos a população a manter hábitos saudáveis, realizar exames periódicos e buscar orientação médica sempre que necessário.

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